Uma cidade grande, linda e melancólica. Esta é Berlim!
Chegamos a tarde e o frio era castigante, as ruas estavam vazias. Uma cidade “cinza” cheia de edificações, suntuosa e fria… Mas cheia de sentimentos. Esta é Berlim e seus constrastes!
Logo começamos a procurar pelo memorial do holocausto, Holocaust-Mahnmal, não foi preciso andar muito e lá estava ele ao lado do Portão de Brandenburgo.
De longe apenas cubos de cimento em diferentes tamanhos, já de perto uma mistura de sentimentos. Sim! Isto porque esse memorial foi construído em homenagem as vítimas do Holocausto.
Na segunda Guerra mundial milhões de Judeus, ciganos e homossexuais foram vítimas do maior genocídio através de um programa de extermínio patrocinado pelo Estado nazista a mando do lunático Hitler.
Me revolta saber que na primeira guerra mundial Hitler que era apenas um garoto e mensageiro na tropa alemã, não carregava armas, ficou frente a mira de um soldado Inglês o qual atirou em toda tropa alemã ao seu redor, mas NÃO atirou em Hitler! Sentiu que seria uma afronta porque seu adversário estava desarmado. Agora pergunto, e se tivesse atirado? Teria mudado o curso da história?
Já que não aconteceu vamos voltar aos tempos de hoje, onde ainda existem sobreviventes do Shoa (como os judeus chamam o Holocausto) e em sua maioria os poucos sobreviventes vivos se encontram com mais de 70 anos. Sou muito curiosa sobre temas de guerra e minhas opções de leitura sempre são temas históricos e verídicos, por esse motivo li muitas biografias e autobiografias do holocausto e senti uma emoção grande em estar ali, então fiquei pensando o turbilhão de emoções que deve ser para aqueles que sobreviveram a maquina de matar e também para os familiares daqueles que morreram e fizeram história.
Para meu filho foi um momento de aprendizagem e também pura brincadeira, não parava de correr por entre aquele labirinto de concreto.
Enquanto procurávamos o memorial do Holocausto, observamos pela janela do carro uma parte da cidade cheia de ferros e pedaços de muro e paramos para ver o que restou do Muro de Berlim (Berliner Mauer).
Estacionamos o carro com facilidade e descemos conhecer esse muro tão falado e enquanto eu e meu marido relembrávamos a história, meu filho fez essa foto! ↑ Fico admirada com sua percepção para fotografias, com apenas 8 anos faz melhor que nós. RS… Como disse o papo ali era sobre o Muro este que separava uma Alemanha capitalista dominada pelos EUA e outra Alemanha socialista dominada pela união soviética. Construído em 1961 e derrubado somente em 1989. Na época instrumento separatista e hoje símbolo de integração. Irônico ?!
Dali fomos para o Memorial do Holocausto e depois para o Portão de Brandenburgo, Brandenburger Tor, um típico arco do triunfo opulento. Maravilhoso!!!
Em dezembro é realizada uma homenagem aos judeus, um candelabro simbólico com a estrela de Davi é colocado atras do Portão de Brandenburgo e muitas rezas ali são feitas.
Não importa a direção a visão da torre esta sempre ao alcance, claro que fomos conferir o que tinha de bom por lá e nos deparamos com um restaurante giratório bem diferente, com uma vista deslumbrante!
No Sphere restaurant, os preços dos pratos são bem “salgados” mas compensa passar esse momento com sua família curtindo de cima Berlim.
E para terminar, como disse passamos por Berlim em dezembro, época do natal, além de conhecer a cidade fomos visitar um amigo alemão o qual conhecemos na estrada indo para Cananéia (postagem Cananéia). Fritz e seu amigo estavam dando a volta ao mundo de bicicleta, e nós como sempre pelas estradas acabamos nos conhecendo e 5 minutos de conversa rendeu uma boa amizade, já fazem 3 anos que temos contato e reencontra-lo foi muito legal! O reencontro aconteceu em uma feira de Natal, já que seria uma opção garantida de diversão. Nosso amigo nos apresentou um pouco de sua cultura, as comidas natalinas e seus amigos.
Que lugar surpreendente, cheio de contrastes… uma cidade fria mas cheia de emoções, um muro que já separou e hoje une, o portão de Brandenburgo e um castiçal judeu dividindo o mesmo local… É assim que deixo essa cidade, com uma mala cheia de sentimentos . Simplesmente… Inesquecível!
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